Nos últimos 25 anos, vi dezenas de empresários, investidores e engenheiros acreditarem que o briquete de carvão era o atalho perfeito para transformar resíduos em lucro.
A promessa é sedutora: “Compre uma prensa, use um resíduo barato e comece a ganhar dinheiro.”
Mas a verdade é que 9 em cada 10 projetos morrem antes de recuperar o capital investido.
Eu sei disso porque acompanhei essa história de perto — em fábricas, fazendas, siderurgias e startups que tentaram simplificar o que nunca foi simples.
O briquete não quebra na prensa. Ele quebra no planejamento.
Se preferir assista o video a seguir
O discurso mais perigoso do setor é o da facilidade.
“É só comprar a máquina certa.”
“É só achar o resíduo certo.”
“É só prensar.”
Na prática, não existe “só”.
Quem ignora densidade, secagem, granulometria e compressibilidade está construindo uma bomba-relógio financeira.
Sem domínio dessas variáveis, o briquete não adquire coesão interna, quebra no transporte e absorve umidade como uma esponja — até virar pó.
A ordem correta é inversa ao que se ensina por aí: primeiro se define o produto desejado, depois se desenha o processo técnico que o sustenta, e só então se escolhem as tecnologias e calibra as matérias-primas.
Quem começa pelo equipamento está comprando um problema com aparência de solução.
Se fosse tão simples, usinas e carvoarias do país inteiro já teriam migrado para briquetes — e o mercado teria ao menos 25% de penetração.
O fato de isso não ter acontecido é a prova de que existe uma engenharia invisível que poucos dominam.
Em duas décadas de campo, notei o mesmo padrão de colapso se repetir como um relógio.
Projetos que começam com euforia e terminam com leilão de máquinas.
Os culpados têm nome e sobrenome:
Erro de suprimento – Achar que qualquer resíduo serve. Sem contratos estáveis e controle de qualidade do carvão e do aglutinante, o produto final varia e o cliente desiste.
Erro de tecnologia – Comprar a prensa pelo preço, não pela compressibilidade do material. Resultado: travamentos, quebras, baixa produtividade e desânimo.
Erro de processo – Ignorar a sequência técnica: moagem, peneiramento, ajuste de umidade, mistura, extrusão, secagem. Cada resíduo pede um método.
Erro de mercado – Produzir sem comprador. Os briquetes encalham, o estoque se degrada e o negócio sangra.
Erro de custo oculto – Logística, manutenção e reposição de peças têm impacto brutal no OPEX. Muitos descobrem isso tarde demais.
Erro de ego – O briquete não é uma sprint de seis meses. É uma maratona técnica e financeira. Muitos quebram por subestimar o tempo e o capital de giro necessários para dominar o processo.
A maioria das fábricas de briquete segue o mesmo roteiro emocional — previsível e cruel:
Compra da prensa – euforia.
Primeiros testes instáveis – frustração.
Tentativas e improvisos – irritação.
Estoque encalhado e peças quebradas – agonia.
Venda da prensa como sucata – morte.
Esse ciclo não é uma coincidência.
É o resultado direto de ignorar a ordem correta das coisas.
O briquete não quebra por fora — ele implode por dentro.
O que separa os poucos que prosperam dos que desaparecem é algo que quase ninguém vê.
Chamo de engenharia invisível: o domínio da sequência técnica e econômica que faz um briquete ser um ativo, não um fardo.
Compressibilidade, curva de secagem, layout térmico, resistência a frio e quente, reatividade, formulação, OPEX e CAPEX — são termos que muitos fingem entender, mas poucos realmente aplicam.
Eles se traduzem em três pilares práticos:
Materia prima ajustada: o carvão precisa ser classificado, preparado e padronizado.
Tecnologia calibrada: a extrusora e as etapas complementares precisam ser calibradas à compressibilidade do material.
Mercado/produto definido: o produto deve nascer com comprador, especificação e contrato.
Sem esses três pilares, o negócio é só um castelo de cinzas.
A pergunta que sempre faço a quem me procura é simples:
Você quer um briquete bonito ou um negócio lucrativo?
Porque briquete bonito qualquer um faz.
Lucrativo, só quem respeita a sequência.
Você pode ter a melhor prensa do mundo — mas se ignorar os testes, validações e ajustes, será apenas mais um na lista dos nove que quebram.
Na Ignis Bioenergia & Valor, eu não vendo máquinas.
Eu construo negócios que duram.
O método que aplico é fruto de mais de duas décadas de engenharia, campo e reconstrução de fábricas fracassadas.
Funciona porque substitui adivinhação por sequência.
Etapa 1 – Diagnóstico e Validação da Ideia
Tudo começa com uma Consulta Ignis, onde analiso tecnicamente sua visão e filtro a viabilidade.
Em seguida aplico o Protocolo Zero — balanço de massa, fluxograma e CAPEX preliminar.
Depois validamos a biomassa e o aglutinante em testes de laboratório.
Etapa 2 – Testes e provas reais
Ensaios técnicos em pequena escala, definição de fórmula ideal, avaliação das tecnologias complementares e da logística térmica.
Aqui, a engenharia invisível ganha corpo e número.
Etapa 3 – Estruturação econômica
Com base nos dados técnicos, elaboro o EVTE completo: CAPEX, OPEX e ROI.
Simulamos um piloto e validamos o produto com clientes reais — antes do investimento pesado.
Etapa 4 – Engenharia e implantação
Desenvolvemos o projeto executivo, acompanhamos a montagem, o start-up e a operação assistida.
O resultado é previsibilidade, transferência de know-how e segurança operacional.
Não é milagre. É método.
E método é o que separa o sonho caro do negócio rentável.
Chega um ponto em que todo empreendedor precisa escolher:
seguir o instinto do “acho que dá” ou investir em engenharia que respira lucro.
O briquete pode ser uma mina de ouro — ou um poço sem fundo.
Depende de como você entra no jogo.
Se o seu projeto ainda não tem dados, sequência e contrato, então ele não é um negócio. É um risco disfarçado de oportunidade.
Eu sou Daniel Câmara Barcellos.
Engenheiro Florestal, doutor em Ciência Florestal e inventor do primeiro queimador ecológico do Brasil.
Fundador da Ignis Bioenergia & Valor.
Acompanho empresas do diagnóstico à operação lucrativa — unindo engenharia, viabilidade e execução real.
Não vendo ilusões. Construo resultados que resistem.
📧 contato@ignisbioenergia.com
📞 WhatsApp: (73) 99980‑1127
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